segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ultrapassando os carros parados

CUIDADO, amigo ciclista! O motorista do carro é um ser triste, preso a uma caixa de metal, máquina incrível, mas que não pode realizar seu potencial maravilhoso. E isto gera frustrações.

Eu mesmo ando bastante de carro para ir à faculdade, e sei muito bem como é estressante dirigir. Um simples cruzamento com farol vermelho pode se tornar uma dor de cabeça, se você é obrigado a esperar três ou mais ciclos de verde, amarelo e vermelho. Fora que existem outros motoristas que pensam ser a versão urbana do Lewis Hamilton, apressados, coitados. E justamente por entender os riscos envolvidos, estou sempre ligadão, como alguém que ingeriu muito café.

E aí entra a personagem principal de nossa história. Ela, a querida magrela. 10 quilogramas de metal tão singelamente ajeitado. Um pouco de graxa, algumas pecinhas de plástico, um ciclista com disposição e pronto! Temos um transporte rápido e barato. E que passa em lugares que um carro jamais sonharia em passar.

Tudo isso pra quê? Pra quê, meu Deus?! Calma, há um propósito. É apenas para dizer que quando estamos sobre duas rodas e não-motorizados devemos tomar muito cuidado ao passar pela fila de carros parados. Em primeiro lugar, porque algum motorista pode estar entrando em uma garagem, ou um passageiro descer do carro sem olhar e abrir a porta repentinamente. Ou ainda, o motivo que me levou a escrever esse post: frustração do sinal vermelho.

Entendam, é uma coisa muito chata estar preso no trânsito e ver alguém passar livre, leve, feliz da vida ao seu lado. Quem já passou por isso sabe do que estou falando. Dá vontade de largar o carro e pedir a bicicleta emprestada! Mas nem todos reagem assim, colegas. Alguns preferem sentir raiva. É com estes que devemos tomar cuidado. MUITO CUIDADO!


Sim, pois uma hora o sinal vai abrir. E ele vai querer descontar a distância (às vezes enorme) que perdeu pra você. E se for um irresponsável, do tipo muito comum que roda por aí (infelizmente!), vai querer tirar uma fina ou fazer coisa até pior. Pode ser que eu esteja exagerando, mas nunca se sabe. Nesse caso, há duas opções sábias a se tomar. A primeira é ocupar a faixa toda, num ato de bravura, resistência e coragem. Dependendo da largura da pista, pode ser muito mais seguro que a segunda alternativa, pois o motorista vai ter que esperar você deixar ele te ultrapassar, quando você julgar que há espaço para isso. Ou então, em vias mais largas, pode ser que caiba exatamente um carro e uma bicicleta lado a lado, se a bike ficar bem à direita. Já fui ultrapassado em altíssimas velocidades e nada me aconteceu, usando essa técnica (depois de um tempo nem mesmo há susto para incomodar, pois é um comportamento previsível).

Bem, espero ter sido útil no que considero uma dica de segurança importante ao se andar na cidade. Talvez o texto tenha ficado muito longo, e peço desculpas aos que acharam isso. Obrigado a todos pela atenção, até a próxima trapalhada! E não se esqueçam: CUIDADO!

sábado, 28 de maio de 2011

Suspensão, doce suspensão

Hoje falarei sobre este item muito importante para quem anda nas esburacadas ruas da cidade grande. Como mencionei no último post, na semana passada fui arremessado para fora da bike por causa de um buraco como um boneco de pano nas mãos de uma criança sádica. Sendo assim, no meio da semana resolvi aproveitar minha folga da faculdade para levar a Wendy Malhada (minha bicicleta) à bicicletaria e instalar um garfo dianteiro com suspensão. Aqui registro minhas impressões sobre o fato.

Em primeiro lugar, o preço. Já há algum tempo senti a necessidade de um amortecimento melhor para minhas viagens que não fosse meus cotovelos e joelhos. Desviar dos buracos é até que divertido, mas não dá pra escapar de todos. A razão principal para ter demorado tanto foi por questão de recursos, que eu não tinha. Nesse mês houve uma oportunidade e resolvi aproveitar. Resultado: meu bolso está R$65,00 mais leve. E minha preocupação de que a bicicleta seja roubada é bem maior também.

Tudo tem sua compensação, e a minha foi sentida logo que montei, recém saído da bicicletaria. Wendy agora é uma hard tail (bicicleta com suspensão dianteira apenas). A diferença principal é nos braços, que parecem mais leves ao conduzir. O conforto de maneira geral é um pouco maior, e a segurança também. É como se o veículo todo tivesse sua dinâmica alterada, tornando-se mais estável. Para quem nunca tinha pedalado com suspensão, posso dizer que fui surpreendido positivamente. Mesmo sendo uma peça de qualidade simples, fez a diferença. O peso também aumentou, é verdade, mas nada que atrapalhe.

Então, se você amigo/a ciclista está pensando em trocar o garfo de sua bike para enfrentar melhor os terrenos irregulares, saiba que minha opinião é de que é uma troca justa. E se o fizer, não esqueça de deixar aqui um comentário me agradecendo ou xingando depois.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cuidado com os buracos! ou O dia em que eu voei

Domingo, começo da tarde. Precisava chegar no terminal rodoviário às 14h e no metrô às 13h15, me permitindo uma margem para atrasos de apenas 15 minutos. Má escolha.

O começo da viagem foi tranquilo, tirando o fato de que a garrafinha d'água estava meio solta, o que atrapalhou muito minha concentração. Eu deveria saber, pelo preço.

Finalmente, a descida fatídica. Caminho escolhido pelo baixo movimento de automotores. Vantagem compensada por inúmeros buracos na pista, alguns bem grandes (como o que me pegou). As recordações que ficaram  são apenas flashes, pois tudo aconteceu muito rápido. A freada brusca, o efeito mola, o guidão por baixo de mim. Meu braço amortecendo a queda, o mundo girando, o céu. Meu Deus, estou deitado no meio da rua!

Do acidente podemos tirar algumas conclusões importantes:
-Não compre equipamento barato, pois ele cobra seu preço de outras formas. Foi justamente um retrovisor porcaria que me distraiu, pois não parava quieto na posição desejada. E olha só o que aconteceu.
Resquícios de um buraco encontrado.
-NUNCA TIRE OS OLHOS DA VIA! Se precisar, pare a bicicleta e faça o que tiver que fazer.
-Escolha as ruas que vai utilizar com sabedoria. Contornar uma rua com muitos carros pode ser bem mais seguro.
-Sou muito atrapalhado mesmo!

Obrigado, boas pedaladas.