quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dando um trato na magrela

Olá a todos, espero que estejam bem.

Quero compartilhar com vocês as últimas melhorias que fiz na minha bicicleta Rose. Não é nada de grande coisa, mas aprendi algumas dicas que penso serem importantes.
A primeira coisa é em relação à sujeira. Para quem não se liga no motivo principal de manter uma bicicleta limpa, que seria deixá-la bonita e apresentável, existe outro motivo tão importante quanto. Com o tempo, a poeira e os detritos de nossas sujas ruas acabam se acumulando (em lugares que eu nem sabia que existiam, inclusive), prejudicando o funcionamento dos freios, da correia e de outras partes. 
Que sujeira! Isso é um exemplo de razão para não ficar muitos meses sem lavar uma bicicleta.
No meu caso, não queria chamar a atenção por causa dos furtos. Porém a sujeira impregnada na bike gerou barulhos estranhos enquanto pedalava. Algo como se um monte de ratos me perseguisse. Um ruído cada vez pior, mas que quando chovia não aparecia. Pensei que estava com falta de lubrificação, mas na verdade só precisava de um bom banho. A bicicleta, não eu.
Materiais importantes. Não esqueça a tesoura sem ponta.
E quanta sujeira! O caldo preto que escorria era nojento, mas depois de limpa a magrela vi que o esforço valeu a pena. Ficou linda, como nova. Aproveitei para lavar bem os aros e a roda e dar uma lixada nas sapatas de freio, o que melhorou bastante a capacidade de frenagem. Com o tempo, o óleo acumulado nas rodas diminui o atrito das sapatas com a roda, ao freiar. Em situações extremas, é a diferença entre escapar por pouco e bater em algo ou alguém.
Uma lixadinha no freio para limpá-lo.
Além da limpeza, Rose ganhou um bagageiro e uma caixa que antes era um balde quadrado, tornando-se assim uma bela bike-caixote! A idéia roubei de JP Amaral, do blog felizcidadefeliz e do BikeAnjo. Tá certo que ficou mais para bike-balde, mas até que é simpática, e minha mochila se encaixa perfeitamente nela.
Rose em toda sua glória. Pena que eu continuo tosco.

Com caixote para levar minhas tralhas, digo, material de estudo.

E aí? Alguma dica valiosa de manutenção de bikes? Essa de limpar a lateral das rodas para melhorar o freio achei fascinante, mas certamente existem outras. Por favor, me ensinem!


sábado, 26 de novembro de 2011

Declaração para se pensar

"São Paulo tem 18 mil km de vias preferenciais para os ciclistas."

O autor que me perdoe, pois não lembro seu nome. Mas é uma verdade (prevista no Código de Trânsito Brasileiro) para refletir.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Obrigado, motoristas responsáveis!

Andar de bicicleta está contribuindo para quebrar alguns preconceitos que eu tinha. Antes, a imagem que vinha na minha cabeça ao imaginar um motorista de caminhão era de uma pessoa ignorante, pobre, pilotando irresponsávelmente uma máquina tão pesada. Mas vejo que é bem o contrário. Tenho visto muitos senhores conduzindo com grande habilidade seus veículos, mudando de faixa ao me ultrapassar e sempre ouvindo com educação o que tenho a dizer (que geralmente é algo do tipo "regula esse troço, não consigo respirar!"). Quero agradecer estes profissionais pela importante contribuição na construção de cidades melhores.

Uma outra figura com quem tenho interagido bastante, e de forma não tão agradável, é a do motorista de ônibus. A maioria é profissional, como os de caminhão, mas alguns são verdadeiros Zé Manés do volante. Principalmente os mais jovens, em início de carreira. Aqueles de óculos escuro e pinta de marrento, esses mesmo.

Se algum motorista de ônibus gentilmente jogar o veículo para cima de você, mantenha a calma e saia com segurança da frente dele. Nada de manobras evasivas radicais, pois são perigosas. Ao falar com ele no farol vermelho adiante, sorria e seja cortês, o que vai causar muita confusão mental no infeliz.

Tomar uma fina de um carro já é chato. Com a experiência, aprendi a ouvir pelo som do motor se o cara atrás está impaciente e, se for o caso, dar passagem. O problema com os ônibus é que eles são grandes e é mais difícil achar um lugar onde a ultrapassagem seja segura. Além disso, em muitos lugares os caras saem atrasados do terminal e querem cumprir o horário como se não houvesse amanhã. Resultado: Cuidado! Jamanta na pista.

Pensando nessa prática nada amigável e que em alguns casos já até resultou em morte (veja o caso de Márcia Prado, por exemplo) resolvi escrever essa postagem, na tentativa de que você, amigo ciclista, seja mais um fiscal e ajude a denunciar sempre que isso acontecer. Sim, você mesmo.

O primeiro passo é anotar o número do ônibus. Papel e caneta ajudam nessa hora, porque de cabeça é fácil esquecer. Vamos lá, use sua visão de águia, afinal isso é quase uma emergência. Existem duas formas de fazer isso. Uma é a que eu usei da última vez, e uso quase sempre, que seria guardar o número da linha (aquele escrito no vidro traseiro do ônibus, de 4 dígitos) e o número da placa do veículo. Dessa forma é possível rastrear qual motorista estava trabalhando naquele ônibus naquele horário. A segunda forma é anotar o número de 5 dígitos que fica na lateral do ônibus, e só por precaução o da linha também.

O próximo passo depende da cidade onde você se encontra. Vou dizer como faço aqui em São Paulo, pois é o que eu conheço. Com os dados em mãos basta ligar para 156 e ter uma paciência de Jó. Em "apenas" 15 minutinhos e muitos "por favor aguarde" depois, sua denúncia estará feita. Também é possível entrar no site da SpTrans, e clicar na "Central de Atendimento", no menu à esquerda. Em seguida, "Registro de solicitação". Lá é possível denunciar várias irregularidades do transporte público paulistano. Conte o que aconteceu de maneira sucinta e informe os dados anotados durante o ocorrido.

Pronto! Agora é torcer para o motorista ser orientado e não ameaçar mais ninguém. Você cumpriu seu papel de cidadão e colaborou para melhorar o trânsito, melhorando a qualificação dos nossos profissionais dos transportes.