domingo, 3 de julho de 2011

Motoristas amigos

Me parece que uma grande parte dos ciclistas urbanos tem um sentimento de revolta em relação aos motoristas em seus carros. Já vi muitas provocações por aí e até algumas "barbeiragens ciclísticas". É bem verdade que existem algumas pessoas que conduzem seus veículos como se estivessem em uma corrida, colocando em risco sua própria vida e a de todos à sua volta. E o pior, não possuem a mesmo habilidade de um piloto de corrida, e ainda acham que sim.

Mas este post é para falar sobre a outra parcela dos motoristas, aqueles que sabem o que estão fazendo e não se importam em chegar 5 minutos mais tarde em seu destino para garantir a segurança na viagem. Sim, eles estão por aí e me arrisco dizer que são a grande maioria. Mais especificamente quero divagar sobre os motoristas que gostam dos ciclistas e até queriam tirar a poeira de suas velhas bicicletas, mas por algum motivo não o fazem.
Pois é caro leitor, nem todos os motoristas querem nos matar. Só alguns.

Esses dias aconteceu algo interessante no elevador. Minha vizinha de baixo me viu ajeitando a bicicleta para que ela entrasse e sorriu. Nesse momento fiquei muito confuso, pois normalmente as pessoas acham ruim que eu use o elevador para descer a bicicleta aqui do 10º andar. Suponhoque eles esperem que eu use as escadas, ou uma corda pela janela, já que não temos bicicletário aqui no condomínio.

E aí logo a conversa evoluiu naturalmente. Olha que eu sou péssimo pra fazer as conversas evoluírem. Bendita bicicleta! Fiquei sabendo da vez que ela foi visitar a mãe de bicicleta há muitos anos, em um percurso estimado de 5 km. Nada mal! Vocês precisavam ver como os olhos dela brilhavam ao me contar isso. Engraçado, esse meio de transporte causa emoções positivas nas pessoas, mesmo aquelas que não pedalam há muito tempo.

Nos despedimos e segui até meu destino, fiz o que tinha que fazer pela tarde e voltei no início da noite. Até aí, tudo bem, mais um deslocamento de sucesso, sem acidentes e com tempo abaixo do previsto. Quanto mais eu conheço o caminho mais à vontade fico e a coisa flui que é uma beleza.

Então, quando já estava a cerca de 2 km da minha casa, de um trajeto total de 6,5 km, ou seja, doido pra chegar logo e comer um prato cheio, quem eu encontro ao atravessar a avenida? QUEM? Sim, caro leitor, ela mesma, minha vizinha do andar de baixo. E ela sorriu pra mim, me apoiando. De dentro de seu carro! A partir daí minha mente explodiu e não me lembro de mais nada. Mentira. Mas foi muito legal. Ainda há esperança!

E você, que histórias tem para contar de apoio recebido dos motoristas?

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