sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um adesivo que faz a diferença

Terça-feira, dia 05/07, fui a uma palestra intitulada "As Mulheres e a Bicicleta" a convite de minha namorada, a Pri. Aconteceu na Casa das Rosas, lá no centro, e foi muito interessante! No começo tive receio de me sentir deslocado entre tantos ciclistas experientes, sendo que eu mesmo ando apenas uma ou duas vezes por semana. Porém, posso dizer que o passeio foi um sucesso. Os relatos foram muito verdadeiros e inspiradores. Haverão outras palestras semelhantes nas próximas semanas (com temas diferentes), e para quem se interessar basta acessar o blog das pedalinas, que contém mais informações.

E o que me levou a escrever esta postagem aconteceu durante o evento. Um ato singelo, digno de um ciclista. Alguém estava distribuindo adesivos. Uns adesivos meio estranhos, cor de laranja. Geniais, percebi logo depois. Obrigado, cara dos adesivos! Nem nos conhecemos, mas você me fez um grande favor. O resultado pude testar no dia seguinte, e não poderia ser melhor.


Sim, uma mensagem limpa e simples, que resume tudo. "Dê preferência ao ciclista. É lei.". E no canto inferior direito, o brasão da prefeitura de São Paulo. Muito bem bolado! Posso até estar enganado, mas duvido seriamente que a prefeitura teria tamanha preocupação com os ciclistas. Mas para o motorista que vem raivoso atrás de mim, basta esse momento de dúvida. Basta uma pequena distração e uma pisada de leve no pedal de freio. Já me contento com isso, ainda mais se for a diferença entre me dar uma fina e passar com calma do meu lado.

E não é que funcionou? Provavelmente pela primeira vez, todos os motoristas que cruzaram meu caminho respeitaram a distância lateral e a velocidade adequadas. Sem exceção dessa vez. Em um cruzamento à direita, o carro que vinha atrás com a seta ligada me esperou. Ele poderia ter me fechado, acelerando apressadamente para fazer a curva antes que eu chegasse nela, como tantos outros. Mas não, ele me deu a preferência. Na hora eu nem pensei muito nisso, pois estava concentrado no caminho, mas depois fiquei de boca aberta.

Os tempos estão mudando. Talvez ainda estejamos longe de ver a maioria das viagens de curta e média distância sendo feitas na bicicleta, mas para quem escolheu esse meio de transporte as ruas estão lentamente se tornando mais seguras. Ou sou eu que estou otimista e exagerado?

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